quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ESPORTE NAS ESCOLAS



Através da prática esportiva promovemos a socialização, a rotina, o cumprimento de regras, o respeito, a persistência, o saber competir, o aguardar a sua vez, o romper limites, o saber ganhar, o saber perder e muitos outros quesitos. É uma fonte inesgotável de conceitos éticos e morais tão importantes para a formação do indivíduo. Quando falo em esporte não estou me referindo à Educação Física e sim a uma opção esportiva. O esporte é uma ramificação da Educação Física, porém deve existir independente dela. O professor de Educação Física deve sim proporcionar o conhecimento de cada esporte para que o indivíduo possa optar, com competência, qual esporte gostaria de praticar.


 A Educação Física faz parte do currículo escolar e é aplicada no período em que o indivíduo freqüenta as aulas. O esporte deve ser proporcionado pela escola em horário oposto às aulas para que o indivíduo possa freqüentar e se dedicar. O esporte tem a magia de integrar o indivíduo independente da classe social, raça ou religião. Desenvolve no indivíduo a capacidade de trabalhar em grupo, de cumprir horário, de saber ouvir, de conhecer o próprio limite, conhecer o próprio corpo, de admitir que precisa melhorar, respeitar as diferenças e tantos outros aspectos tão difíceis de serem conscientizados, além de evitar o sedentarismo tão comum nos dias de hoje onde o indivíduo passa horas sentado em frente a um computador ou a uma televisão seja assistindo ou jogando videogame.






 O esporte deve ser o maior aliado da educação. Juntos promovem o desenvolvimento integral do indivíduo de forma harmoniosa e sadia despertando para a cidadania e assim formando pessoas de bem. Presenciamos no Pan-americano 2007 que nossos atletas embora estejam nos proporcionando tanta alegria pelo desempenho que estão tendo, não tiveram o mínimo de incentivo nem das escolas, nem do governo. Em cada entrevista com nossos atletas vencedores ficamos sabendo que o esforço foi próprio e de algum “anjo bom” que o auxiliou e o incentivou muitas vezes até comprando um par de tênis para que ele parasse de treinar descalço. É realidade que os patrocinadores investem em times que estão ganhando.



 O atleta que tem potencial e quer treinar, porém ainda não se destacou ninguém o enxerga. Somente após uma medalha conseguida é que ele passa a ser conhecido e então patrocinado. Ocorre que para chegar neste estágio ele teve que se dedicar muito e só conseguiu com o apoio da família e com a própria força de vontade. Escola e esporte é a combinação perfeita para uma sociedade mais justa. O jovem que estuda num período e que pratica esporte no outro, dentro da própria escola, se manterá ocupado com atividades prazerosas e não estará ocioso nas ruas ocupando o seu tempo aprendendo o que não deve. O próprio presidente Lula afirmou que fica muito mais barato para o governo investir em programas de incentivo ao esporte do que na manutenção desse mesmo indivíduo em presídios por ter cometido delitos. Já que se tem esta consciência, vamos colocá-la em prática.




O esporte sozinho não consegue formar integralmente o indivíduo daí a necessidade da parceria com a educação. Havendo esta parceria o indivíduo será desenvolvido em suas competências cognitivas, sociais, pessoais e produtivas. Vamos aproveitar o entusiasmo promovido pelosjogos pan-americanos e disponibilizar em nossas escolas esportes diferenciados para que o aluno, no período oposto ao que está em sala de aula, possa praticá-lo e assim possamos constatar o resultado destas ações daqui a quatro anos, nos jogos Pan-americanos 2011.



PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO ESPORTE

Objetivos do Desporto para a pessoa portadores de deficiência física.



O portador de deficiência física tem poucas oportunidades de se movimentar, jogar ou praticar esportes, quer sejam em uma escola ou fora dela.
As experiências motoras dos deficientes físicos poderão ser ampliadas através do conhecimento de novas possibilidades e movimentos, novos jogos adaptados às suas limitações e potencialidades.
A atividade física e/ou esportiva, para pesoas portadoras de deficiência, significa a oportunidade de testar suas possibilidades, prevenir contra doenças secundárias e promover integração total do indivíduo (consigo mesmo e co a sociedade).
Os objetivos dessas atividades propostas devem englobar:
- o desenvolvimento da auto-estima;
- a melhoria da auto-estima;
- o estímulo à independência;
- a interação com os outros grupos;
- a experiência intensiva com suas possibilidades de limitações;
- o contato com outras pessoas, deficientes ou não;
- o desenvolvimento das potencialidades do educando;
- a vivência de situações de sucesso, possibilitanto a melhoria da auto-valorrização e auto-confiança;
- a melhoria das condições organo-funcional (aparelhos circulatórios, respiratórios, digestivo, repordutor e excretor);
- o aprimoramento das qualidades físicas entre elas: resistencia, força e velocidade;
- o desenvolvimento das habilidades físicas como: coordenação, ritmo, equilíbiro;
- a possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição.
- o estímulo das funções do tronco e membros superiores;
- a prevenção de deficiências secundárias;
- o estímulo à superação de situações de frustações;






Aqui estão algumas das modalidades esportivas, praticadas pelos deficientes físicos:

Arco e flecha: tem sido praticada desde 1948. Atletas, em pé e sentados em cadeira de rodas, participam em competições com sistemas de resultados semelhantes a modalidade olímpica.

Atletismo: vem sendo constantemente revisto para dar melhores condições técnicas, para o desenvolvimento desta modalidade. As provas incluídas são: provas de pistas, campo, pentatlo e maratona. As provas são divididas por classes que competem entre si.

Basquetebol sobre rodas: é jogado por paraplégicos, amputados, e atletas com seqüelas de poliomielite. Os regulamentos são os mesmos do basquetebol convencional com pequenas adaptações.

Ciclismo: três classes de atletas participam do ciclismo: paralisado cerebral, cegos com guias e amputados.

Esgrima: é praticado por atletas em cadeira de rodas, amputados e paralisados cerebrais. Todos os atletas competem presos ao solo mas tendo os movimentos livres para tocar o corpo do adversário. O evento programado inclui espada, sabre e florete.

Tiro ao alvo: é aberto a atletas deficientes físicos nas categorias sentado e em pé, para homens e mulheres. As equipes podem ser mistas.

Futebol: apenas atletas com paralisia cerebral competem. As regras sofrem algumas modificações, entre elas o número de jogadores, largura do gol e da marca do pênalti.

Natação: divide-se em dois grupos de participantes: um grupo de competidores com deficiência visual e outro grupo com deficiência física. As regras não têm adaptações.

Tênis de mesa: é idêntico ao tênis de mesa convencional. É jogado por deficientes físicos, nas categorias masculina e feminina, por equipe e individual. Joga-se em pé ou em cadeira de rodas.

Tênis: atletas em cadeiras de rodas jogam como o tênis tradicional, apenas com uma adaptação: de que a bola pode quicar duas vezes, a primeira dentro da quadra. As categorias são: masculino e feminino, individual e em duplas.

Voleibol: é praticado por atletas amputados e lesados medulares em duas categorias: sentados e em pé.


ACREDITE, VOCÊ TAMBÉM PODE, AFINAL SOMOS TODOS DIFERNETES!!!

“Cidadania, Esporte e Educação 2014” é tema de evento em Recife.




O Brasil abrigará nos próximos anos dois grandes eventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíadas) que habitam o imaginário da população, especialmente dos jovens das periferias dos centros urbanos e das pequenas cidades. Pensando nestes eventos e nestes jovens foi criado o projeto “Cidadania, Esporte e Educação 2014” estimulando práticas saudáveis de esporte e ao turismo responsável. Propondo encontros com atletas que construíram sua história através do esporte e promovendo atividades esportivas, o projeto pretende contribuir à difusão deste legado imaterial.
 O primeiro evento do projeto acontece no dia 07 de junho, em Recife, no ginásio de esportes Geraldão (Av. Mascarenhas de Moraes), e terá a presença de diversos estudantes de 35 escolas municipais do 3º e 4º ciclos (5ª a 8ª série) e dos tetracampeões mundiais Bebeto e Ricardo Rocha. Estão programados mais seis eventos itinerantes, que acontecerão de junho a dezembro de 2010, em municípios menores da região metropolitana, bem como, em outras capitais de menor porte da região Nordeste.
 
Liderado pelo tetracampeão pernambucano Ricardo Rocha, o projeto prevê uma série de eventos visando estimular ações de cidadania entre jovens da rede pública de Ensino Fundamental II, em especial práticas esportivas que tenham relação com as atividades de turismo. A idealização do projeto é da Facto Comunicação.
 
Bebeto ministrará uma palestra para os estudantes, seguida de uma série de atividades visando conscientizar os alunos para a prática da cidadania através do Esporte, do Lazer e do Turismo. O evento terá palestras educativas e oficinas de futebol, vôlei, futsal e basquete, dentre outras modalidades, trazendo para a capital pernambucana, desportistas e atletas de destaque nacional e mundial. Para a edição de julho, já está confirmada palestra com o campeão olímpico de vôlei, Nalbert.
 
O secretário de Educação da Prefeitura do Recife, Cláudio Duarte, comemorou a iniciativa: “Em pleno ano de Copa do Mundo, fechamos uma parceria bastante positiva para nossos adolescentes e jovens. As ações vão envolver os estudantes e moradores atendidos pelo programa Bairro Escola e pelo Futebol Participativo em atividades educativas, esportivas e de formação cidadã”. O secretário especial da Juventude, Eduardo Granja, sintetizou os objetivos da parceria: “Queremos reforçar o sentido social das políticas que a Prefeitura já desenvolve nas áreas de educação e esporte e ao mesmo tempo motivar a participação da população através de exemplos de atletas vitoriosos, como o próprio Ricardo Rocha”.
 
“Estou muito feliz em poder trazer para a capital do meu estado e para o Nordeste um projeto que utiliza o esporte como instrumento de formação cidadã”, afirmou o atleta, que também esteve com os Secretários Estaduais de Turismo, Paulo Câmara, e de Esportes, George Braga, solicitando apoio para a iniciativa. “São dois secretários que estão participando dessa verdadeira revolução de investimentos que Pernambuco está vivendo e que por certo também irão dar sua contribuição para esse projeto”, disse Rocha.

OBJETIVOS DO ESPORTE EDUCACIONAL

Alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo, com o desenvolvimento dos 4 pilares da educação: Saber, Fazer, Ser e Conviver, para a formação de competências à cidadania plena, na busca da inclusão e transformação social.

Desenvolvido nos sistemas de educação formal e não-formal de maneira desinstitucionalizada (não segue padrões das federações internacionais das modalidades esportivas), adaptando regras, estrutura, espaços, materiais e gestos motores de acordo com as condições sociais e pessoais, não é seletivo e hipercompetitivo, não tem fim nele mesmo, desenvolvendo habilidades e competências para além do aprendizado das técnicas e gestos motores, visando o desenvolvimento integral do indivíduo, mobilizando aprendizagens de conteúdos relacionados à saúde, cidadania, cultura, comunidade e protagonismo juvenil, contribuindo para a inserção social de crianças e adolescentes, como indivíduos que compartilham decisões que afetam a sua vida e da comunidade.

PRINCÍPIOS DO ESPORTE EDUCACIONAL




1. INCLUSÃO DE TODOS
Este princípio consiste em criar condições e oportunidades para a participação de todas as crianças e jovens no aprendizado do esporte, desenvolvendo habilidades e competências que possibilitem compreender, transformar, reconstruir e usufruir as diferentes práticas esportivas.


2. CONSTRUÇÃO COLETIVA
Este princípio define-se pela participação ativa de todos os envolvidos na estruturação do processo de ensino e aprendizagem do esporte. Sendo assim, é imprescindível que alunos, professores e comunidade sejam co-responsáveis e co-gestores do planejamento, execução, avaliação e continuidade dos programas e projetos.


3. RESPEITO À DIVERSIDADE
Este princípio consiste em perceber, reconhecer e valorizar as diferenças entre as pessoas no que se refere à raça, cor, religião, gênero, biótipo, níveis de habilidades. Entendendo a diversidade como uma oportunidade de aprender com as diferenças, é importante diversificar as metodologias de ensino, favorecendo a convivência e a aprendizagem compartilhada.


4. EDUCAÇÃO INTEGRAL
Este princípio se define pela compreensão do esporte como possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo, psicomotor e socioafetivo As ações pedagógicas devem abordar os conteúdos em dimensões conceitual, atitudinal e procedimental.


5. RUMO À AUTONOMIA
Este princípio consiste no entendimento e na transformação do esporte como meio para uma educação emancipatória que se baseia no conhecimento, no esclarecimento e na auto-reflexão crítica para superar o modelo de esporte, atualmente difundido, em que prevalece a exclusão, a violência, o sexismo, o elitismo e a influência e imposição de modelos pela mídia. Portanto, a autonomia constitui-se na capacidade dos atores sociais em analisar, avaliar, decidir, promover e organizar a sua participação e de outros nas diversas práticas esportivas.